O primeiro dia da 46ª Expointer foi bastante movimentado no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Apesar do frio, o tempo ensolarado ajudou a levar 99.093 visitantes à maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina.
Desde cedo, era comum ver famílias passeando pelos pavilhões e parando para tirar fotos junto a exemplares de bovinos, equinos e ovinos — as grandes estrelas da festa — além das crianças darem atenção aos espaços destinados aos pequenos animais, como os coelhos e as chinchilas.
A cuidadora de idosos Ivone Krause Augusto, de Novo Hamburgo, veio com a filha Raquel, o marido Natalino, o genro Luis Antônio e o neto Gustavo, de 7 anos, visitar a Expointer logo no começo do dia. Raquel e sua família chegaram de São José (SC) na sexta-feira e ficarão até este domingo no RS. “É um momento de resgatar as conexões com o campo”, resumiu Luis Antônio, enquanto o filho tirava fotos próximo a um exemplar da raça Limousin, no Pavilhão do Gado de Corte. “A gente vem para aproveitar o dia, passear, visitar a agricultura familiar”, contou Ivone.
Ao longo do dia, o público contou com uma série de eventos simultâneos sobre diferentes temas. São mais de 450 eventos programados e 174 julgamentos, leilões e provas previstos para acontecerem durante o período da feira. Quem visitou a Expointer neste sábado, pôde conferir seminários, debates e exposições, como a degustação e venda de azeites gaúchos, as oficinas de harmonização de alimentos, as demonstrações de técnicas artesanais e a Vitrine da Carne Gaúcha, com foco em ovinos.
Variedade de experiências gastronômicas
Durante todo o dia, um dos espaços mais concorridos foi o Pavilhão da Agricultura Familiar. Entre as novidades está a geleia de erva-mate, elaborada por uma produtora do município de Cristal. A erva-mate foi recentemente considerada patrimônio cultural imaterial do Rio Grande do Sul e um dos símbolos da identidade gaúcha.
“Onde a gente chega, as pessoas oferecem um chimarrão. É muito próprio do nosso Estado”, destacou a agricultora familiar Rosa Maria Hartmann da Silva. Para produzir a iguaria, a base é feita a partir do chá da erva-mate, além de açúcar e pectina do maracujá. Já a matéria-prima para o doce de leite sem lactose, outro produto que está chamando a atenção do público, é côco e açúcar. Além desses itens, a banca conta com geleias, frutas desidratadas e pequenas flores produzidas a partir de morangos, amoras, jabuticabas e pitaya, por exemplo.
As degustações de queijos curados no vinho, de doce de leite, ervas e orégano, além de cucas, salames e sucos, também capturaram a atenção dos visitantes do pavilhão, que, em sua 25ª edição, reúne 372 empreendimentos de todo o Estado.
Atrações para todos os públicos
Para algumas famílias, visitar a Expointer anualmente é uma tradição familiar. É o caso da porto-alegrense Ariane Borges, que foi acompanhada da sobrinha Manuella Borges, de 11 anos, e de uma amiga, Manuela Boff, de nove anos. “A edição deste ano está muito bacana, tem bastante gente circulando e há muita variedade de animais. Nós visitamos a feira todos os anos, vamos passar o dia inteiro aqui e pretendemos voltar no domingo da próxima semana para trazer as outras sobrinhas e aproveitar o dia com a família completa”, conta.
O trio estava no Pavilhão dos Pequenos Animais, um atrativo para as crianças, que são presença majoritária nesse espaço. “A Expointer está muito legal, e estou adorando os bichinhos. Quero tentar convencer a minha mãe para eu levar um, porque acho muito fofo. O animal que eu mais amei é o coelho anão”, relatou Manuella. Neste ano, há 233 coelhos inscritos de 25 raças e nove expositores, e os valores comercializados variam dependendo da raça.
No Parque, os visitantes contam também com parque de diversões, com brinquedos para públicos de todas as idades, como montanha-russa, roda-gigante, tiro ao alvo e pescaria. Ao longo dos nove dias de evento, haverá shows, apresentações de dança e exposições culturais.
Parabéns!