Quem chega na Escola do Chimarrão, na 46ª Expointer, não sai do espaço sem provar um mate, reabastecer o estoque de água quente ou conhecer um novo jeito de preparar a bebida mais tradicional dos gaúchos. “Aqui todos que chegam são acolhidos, têm espaço para preparar o seu mate, descansar dos passeios pelo parque e tomar um bom chimarrão”, enfatiza o diretor executivo da Escola do Chimarrão, Luís Fernando Rodrigues, ressaltando o intenso movimento ao longo de todo o final de semana na feira.
Com flores, para homenagear a primavera, com prego, para evitar marchas com a bomba, para os namorados, composta por duas bombas, e com a marca da Expointer, as várias formas de montagem das cuias sempre despertam a curiosidade de quem vai ao Galpão José Carlos Haas. São 36 diferentes formas de montar a bebida que tem a marca da integração entre os gaúchos.
Para fazer um bom mate, Rodrigues alerta que a temperatura da água é fundamental, devendo ficar entre os 70 e 75 graus. Outro ponto importante é observar a data de fabricação da erva-mate — quanto mais recente, melhor —, além de observar aspectos como sabor e odor. Uma dica importante para a bomba não entupir: não começar pelo bocal, mas pelo bojo, evitando o acúmulo de resíduos.
A escola também é um importante espaço para divulgar a erva-mate (que neste ano tornou-se Patrimônio Cultural Imaterial do RS), a cultura do chimarrão, o nome de Venâncio Aires — considerada a Capital Nacional do Chimarrão — e para as comitivas internacionais que tradicionalmente visitam o evento. “Aqui é o espaço para saber um pouco mais sobre esse elemento tão importante sobre a cultura do gaúcho”, enfatizou.
Ao longo da semana, a Escola também vai receber a equipe que faz a divulgação da Rota do Chimarrão, um passeio que contempla a região dos ervais e serrana de Venâncio. A programação inclui passeios por ervateiras, agroindústrias e viveiros, além de atrativos no centro do município como o Museu de Venâncio Aires e a Igreja Matriz São Sebastião Mártir.